EMPRESA


Trajetória . . .


Chef Waldemar é uma grife na gastronomia catarinense. O nome é a homenagem do empreendedor, Alexandre, ao seu pai – o Maitre Waldemar, um ícone da culinária blumenauense que fez por merecer esse título, na impecável atuação como ecônomo dos clubes Ipiranga, Tabajara, Carlos Gomes e Centro Cultural 25 de Julho.

Filho de família humilde, Waldemar deixou Indaial ainda adolescente, em 1948, para trabalhar como entregador de queijos e embutidos para uma empresa de Blumenau.

Após passar pelos almoxarifados do Exército e de uma cooperativa, foi contratado por um armazém de “secos&molhados”, na Rua São Paulo – do qual, logo se tornou sócio e, mais adiante, proprietário definitivo.

As receitas de bolinho de carne e outros quitutes da esposa, Alzira, incorporados ao cardápio, contribuíram para que a pequena mercearia se tornasse uma lanchonete de sucesso.

Em 1957, aos 26 anos, Waldemar aceitou o convite para assumir o restaurante do Clube Ipiranga. Na época, um espaço onde se comia com talheres de madeira. Waldemar passou a oferecer um cardápio simples, mas de sabor, que caiu nas graças dos clientes. Não demorou para aparecer encomendas de buffets para casamentos, aniversários e outros eventos.

Vendo que precisava incrementar o cardápio, o casal adotou uma estratégia ousada: viajava de ônibus a São Paulo e se hospedava em hotéis simples, para frequentar restaurantes renomados da época. Eles entravam sempre pela porta da cozinha. Faziam amizades e chegavam até os chefs, com quem obtinham dicas e observações que ajudavam no preparo de receitas mais sofisticadas.

Também pesquisavam, junto a pessoas da região, as formas de elaborar os pratos mais pedidos. Mas, principalmente, desenvolveram sua maneira própria de finalizar um cardápio com sabor inigualável, respeitado por todos. Investiram também em materiais, como porcelanas, talheres de inox e estrutura para a cozinha.

Com o sucesso do já reconhecido Buffet Waldemar, o Maitre foi convidado a assumir o restaurante do Tabajara Tênis Club, em 1966. Conquistou o paladar da alta sociedade blumenauense e assinou alguns dos mais disputados banquetes do Estado nos anos seguintes. Serviu jantares para personalidades, como o ex-primeiro ministro alemão, Helmuth Kohl; e o ex-presidente da República, Ernesto Geisel.

Com mais requinte na estrutura – a exemplo dos cristais, prataria e porcelana fina –, passou a atender aos clientes com recepções em suas casas. E, com isso, extrapolou os limites de Santa Catarina, levando a qualidade de sua gastronomia para vários estados.

Nos anos 80, fez outras incursões na Cozinha Industrial do Sesi, no restaurante do Teatro Carlos Gomes, Biergarten e, mais tarde, Centro Cultural 25 de Julho (onde se desligou, definitivamente, em 2001).

Foi com essa história exemplar que o singelo Waldemar se transformou no Chef Waldemar, um sinônimo de requinte, sofisticação e sabor à mesa.